quinta-feira, 30 de junho de 2011

Frio no meu coração...

Um pouco dramática, mas este frio, este silêncio e este nada para me distrair, este completo tédio trazem a minha porção italiana dramática a flor da pele, me perdôem os mais fortes....


Pela primeira vez : só


E nem uns malditos versos

Minha solidão consegue compor

A dor me faz confuso

Na indecisão, sofrer, amar

Na decisão, viver ou sonhar



Amaldiço-o. Amaldiçôo tudo.

O amor me fez solitário

Sou triste, quase mudo

Quase morto a esperar

Um poeta calado, estragado

Sem mais nada a dizer



Sentado espero a vida passar

Compondo versos mediocres

Por que talvez medíocre seja

E talvez por isso morra

Talvez nem por sofrer

Talvez nem por amar

E sim por hoje saber

Que não consegui viver

Não fui digno de sofrer

E sem direito de amar



Faz frio lá fora

Mas talvez seja mais fria

Essa maldita alma

Que não mais vê calor

Em uma paixão

Talvez nào faça frio

Talvez seja pura ilusão

O frio maldito que faz

Não é mais lá fora

E sim dentro de meu coração



Faz frio agora

Esta frio, sim, frio

É,  talvez passada a emoção

Sim,  por favor, feche o Caixão!!!






Por Eduardo Augusto Schiavoni



segunda-feira, 4 de abril de 2011

Fim...

Fim e ponto final.


Ou seria fim e reticências?

Pois é necessário demolir para construir e quando nós achamos que finalmente chegou o Fim é aí que começa o início.

Tudo começa pelo Fim, senão seria a continuação de algo,que quase sempre, nós nos damos conta que já não está tão bom como antes,mas... a barriga é grande e vamos empurrando.

Vamos encher a nossa vida de vários ¨Fins¨,para que a falta de coragem, de pena e até mesmo por comodismo não nos deixe começar o Início que tanto procuramos.

Comece pelo Início de ser egoísta, narcisista e até ¨úmbigo do mundo¨. Em outras palavras: PENSE EM VOCÊ.

O que quero? ficar sentada na varanda fumando e fazendo planos.

O que quero? um amor com muitos beijos na boca e a mesma quantia de sexo.

O que quero? ainda não decidi. Hoje quero sol, amanhã muita chuva... quem sabe sol e chuva juntos depois de amanhã????

Afinal, porque temos de fazer tantos planos? Termos tantos cuidados em fazer a coisa certa (geralmente certa para os outros)? De qualquer modo sabemos que a vida segue e nós vamos junto  O único detalhe é sabermos se vamos com o Fim ou com o Início.

                                                                   E isso...só você sabe.



                                                                   By Idione Filippi

quarta-feira, 16 de março de 2011

Namorados..


Li este poema do Carlos Drumond de Andrade e fiquei encantada, Espero que voces gostem.



 
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namoro de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas, namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado, não é que não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter um namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa é quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas: de carinho escondido na hora em que passa o filme: de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d'agua, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos e musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o fato de o seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo, e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uam névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteira: Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça.



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Qual a maior dor??

De todas as dores que o corpo leva a mais só e vazia é a solidão, porquê vc fica sózinha consigo mesma, você deixa de ser feliz com a própria companhia e não se basta somente.
Quando é preciso " A PESSOA" para você se tornar completa,  você percebe que o vazio da vida toma conta de tudo e não tem mais nada que o torne feliz.
Quando o sorriso morre dentro de você e a alma se torna triste, é porque a solidão tomou posse, e quando isso acontece a unica saída, que nós achamos que seja, é "a pessoa" tomar o seu lugar de volta, para preencher a sala, a cozinha, e os quartos que ela abandonou.
Quando isso acontece a vida volta e a solidão se vai.
Mas até quando você será feliz? porquê a solidão está sempre a espera de voltar para casa e algumas vezes todos os teus comôdos estão completos e mesmo assim ela habita junto de você,  o que é mais sofrível.
Se possível vamos dar as boas vindas quando ela chegar novamente e apresente-a para você mesma como uma companhia que faz parte do dia a dia, ensinando prá voce mesma que a vida continua a seguir o seu curso e que somente você, com você mesma estará sempre acompanhada e nunca sózinha.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cansada

Quero falar de amor e me vem dor. Quero viver o amor e me vem sofrer. Quero sentir esta dor, conhecer este sofrer e me vem fugir, amortecer. Quero me encantar e me viciar no amortecer, mas então vem o instinto e grita VIVER.

Quero sonhar e só sei brigar e gritar. Quero ser honesta e fiel neste gritar e brigar, então vem o cerebro e diz RECUAR, fingir, aguentar. Quero ser alma neste aguentar então vem o coração e diz AMAR. Quero amar e então vem o instinto e diz se armar e lutar.
EU JÁ COMEÇO A ME CANSAR.
Itaerci M. F. C. Dalagnol





 


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